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Airbag acionado por Inteligência Artificial promete evitar lesões no joelho; especialistas avaliam

Artefato desenvolvido em Londres é capaz de inflar em 20 milissegundos para corrigir movimentos de risco. Profissionais alertam: "Teoria é condizente, mas precisa de grande experimentação

Por Redação em 30/10/2024 às 12:16:55

Empresários londrinos inventaram um dispositivo capaz de reduzir o número de lesões no joelho, algumas das mais graves na prática esportiva. A invenção promete evitar 80% dos problemas no ligamento cruzado anterior (LCA), no ligamento colateral medial (LCM) e nos meniscos, por exemplo.

Por meio de inteligência artificial, a joelheira desenvolvida pela empresa Hippos Exoskeleton é capaz de detectar quando o joelho do atleta produz um movimento com risco de lesão. Neste momento, ela aciona um airbag, que infla em 20 milissegundos, envolvendo e estabilizando a articulação. A ação do airbag tem velocidade três vezes menor que a de um rompimento ligamentar (estimado em média de 60 milissegundos).

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Entenda como funciona o airbag, acionado por Inteligência Artificial, que promete evitar lesões no joelho — Foto: Infografia
Entenda como funciona o airbag, acionado por Inteligência Artificial, que promete evitar lesões no joelho — Foto: Infografia

Nomes importantes como Rodri, do Manchester City, vencedor do prêmio da Bola de Ouro, Carvajal, do Real Madrid, e Ter Stegen, do Barcelona, sofreram este tipo de lesão recentemente e estão fora da temporada 2024/25.

A seleção brasileira sofreu cortes recentes de Pedro, do Flamengo, e Bremer, da Juventus, e pelo mesmo motivo, Neymar passou por um ano de recuperação, até voltar na última semana. O dispositivo desenvolvido pela Hippos Exoskeleton poderia representar uma esperança de maior longevidade para os atletas? O ge checou com especialistas da saúde esportiva.

O que dizem os especialistas? Faz sentido?

O ge ouviu Bruno Mazziotti, profissional com passagens por equipes como Arsenal, PSG, Corinthians e seleção brasileira, e que hoje é gerente de saúde e performance no Real Valladolid. O especialista explica que esta tecnologia serviria para auxiliar mecanismos do nosso corpo em situações de fadiga.

— A estrutura ligamentar é rica em receptores para detectar alterações anormais de movimento. Mas, sob fadiga, essa detecção é menor. E esses sensores externos não estarão sob fadiga. Por isso, a teoria por trás dessa tecnologia é condizente. Eu acho que precisa de uma grande experimentação desse uso de órteses*, ou airbags, para que realmente possamos entender melhor como ele vai se comportar e como o indivíduo vai se adaptar a isso — alerta o profissional.

Fonte: GE - globoesportes

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