O Palmeiras vive clima eleitoral em seus bastidores, enquanto busca o tricampeonato consecutivo no Brasileirão e já começa planos para a temporada de 2025.
Leila Pereira é candidata à reeleição e enfrentará Savério Orlandi nas urnas. Mas antes do pleito, a dirigente diz que está dando sequência ao projeto do ano que vem, que terá o novo Mundial de Clubes nos Estados Unidos como grande destaque.
– Não tem nada parado no Palmeiras por causa da eleição. O dia a dia do Palmeiras continua normalmente – resumiu.
Após reuniões da diretoria com o técnico Abel Ferreira, o Palmeiras já está no mercado em busca de reforços, inclusive para repor a saída de Estêvão em julho. O clube, contudo, não mudará sua política de contratações. Isto significa que estão fora dos planos jogadores midiáticos.
– Enquanto eu for presidente do Palmeiras, esquece esse negócio de nome de peso. Não existe um nome de peso. O Palmeiras é bicampeão brasileiro. Estamos lutando pelo tricampeonato brasileiro. Conquistamos todos esses títulos com o nosso elenco. O nosso elenco é forte. E eu confio neles. Eu confio no nosso conjunto. Não existe uma pessoa para resolver – declarou Leila.
– Nós ganhamos tanto, somos tão vitoriosos pelo nosso conjunto. Como diz o Abel, todos somos um. O torcedor pode ter a certeza, não vem essas grandes estrelas que jogam com nome. Não. Aqui a gente quer que a pessoa arregace a manga – prosseguiu.
Num ano em que arrecadará cerca de R$ 1 bilhão, o Palmeiras investiu perto de R$ 200 milhões em oito reforços (Aníbal Moreno, Caio Paulista, Rômulo, Bruno Rodrigues, Lázaro, Felipe Anderson, Giay e Maurício).
A expectativa é de que o clube desembolse valor parecido para contratações no próximo ano, além de manter a atual base de elenco. Leila repetiu que não haverá loucuras.
– Futebol não é brincadeira, você mexe com a paixão de milhões de pessoas, então o dirigente tem que ser responsável, tem que saber o que está fazendo. Eu não vou ser como diversos dirigentes que já passaram pelo Palmeiras, que deixaram legados horrorosos para o Palmeiras pagar. Isso eu não vou fazer. Loucura. A presidente Leila Pereira nunca fez e não fará.
Este argumento é motivo de críticas de Savério Orlandi. O candidato de oposição entende que o discurso se dá pelo fato de o Verdão não ter conseguido solucionar um problema de fluxo de caixa, ainda que as finanças sejam saudáveis.
– (Leila diz) "Ah, na janela passada não contratei ninguém e fui campeão". Graças a Deus. Mas se você não contratou ninguém, você não tinha condição de fazer. Muito fácil dizer eu não faço loucura. Claro, você não tem a menor condição de fazer loucura. Nós não temos essa condição – criticou.
Assim como Leila, o candidato de oposição não sinaliza querer mudanças profundas no departamento de futebol, comandado por Anderson Barros. O contrato do dirigente é baseado nas regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e não tem validade, nem necessidade de renovação.
Quanto a Abel Ferreira, o técnico tem contrato até o fim de 2025 e é parte vital do planejamento para o próximo ano. Ele é muito bem visto pelos dois candidatos, tanto que Leila deseja oferecer uma renovação até o fim de 2027, se reeleita.
A eleição presidencial no Palmeiras começará a ser disputada no dia 14 de outubro, quando as chapas passarão pelo filtro do Conselho Deliberativo. Sendo aprovadas, disputarão a assembleia de sócios, dia 24 de novembro. Quem vencer, toma posse em 15 de dezembro.
Fonte: GE - globoesportes