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Marina Silva destaca força do Brics como líder da transição ecológica

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Marina Silva destaca força do Brics como líder da transição ecológica

Ao abrir, nesta quinta-feira (3), a 11ª reunião dos ministros de Meio Ambiente do Brics, sob a presidência brasileira, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a capacidade dos países em desenvolvimento de liderar uma transição global ecológica justa. Formado inicialmente por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, o bloco tem ainda como membros Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã.

“REPRESENTAMOS CERCA DA METADE DA POPULAÇÃO MUNDIAL E 39% DO PIB [PRODUTO INTERNO BRUTO] GLOBAL. MAIS DO QUE NUNCA, OS [PAÍSES DO] BRICS SÃO ESPAÇOS CADA VEZ MAIS FÉRTEIS DE INOVAÇÃO, RICOS EM DIVERSIDADE CULTURAL, COM RECURSOS ESTRATÉGICOS E IMENSA QUANTIDADE E QUALIDADE DE CAPITAL NATURAL”, RESSALTOU.

A reunião entre os ministros dos países integrantes do Brics pretende aprofundar quatro temas: desertificação, degradação de terra e seca; preservação e valorização dos serviços ecossistêmicos; poluição plástica e ingestão de resíduos; e liderança coletiva para a ação climática, com sinergias com a Agenda 2030, que é o plano de ação global da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover o desenvolvimento sustentável até aquele ano.

Os temas foram propostos pela presidência brasileira ao Grupo de Trabalho sobre Meio Ambiente do Brics, para orientar as atividades que resultarão na declaração ministerial e no plano de trabalho anual. Os textos finais definirão as rotas a serem seguidas pelos países nas atividades de cooperação ambiental entre os anos 2024 e 2027.

De acordo com Marina Silva, o plano de trabalho que será apresentado ao final da reunião ministerial é fruto de meses de negociação entre as equipes técnicas dos países do Brics e prevê cerca de 50 atividades práticas, em temas como qualidade do ar, educação ambiental, biodiversidade, gestão de resíduos e químicos, recursos hídricos, zonas costeiras e marítimas e mudança do clima.

Fazendo uso da ideia de mutirão lançada pelo presidente designado para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, Marina convidou os países a se unirem frente aos impactos da mudança do clima, já sentidos por todos.

“OS IMPACTOS SOBRE NOSSAS POPULAÇÕES, ESPECIALMENTE AS MAIS VULNERÁVEIS, ECOSSISTEMAS NATURAIS E ECONOMIAS, EXIGEM MEDIDAS CONCRETAS E URGENTES PARA AUMENTAR O ATUAL RITMO DE REDUÇÃO DE EMISSÃO DOS GASES DE EFEITO ESTUFA.”, DESTACOU.

A ministra lembrou que, em 2023, na COP28 de Dubai, os países acordaram com o Balanço Global (GST, na sigla em inglês). A ferramenta do Acordo Paris, além de mostrar até onde os países já avançaram na redução das emissões, também estabelece como metas triplicar a produção de energia renovável, duplicar a eficiência energética e iniciar a transição para o fim do uso de combustíveis fósseis e do desmatamento.

Para isso, Marina ressaltou a importância de os países aumentarem suas ambições na apresentação da terceira geração da contribuição nacionalmente determinada (NDC na sigla em inglês). Até o momento, entre os integrantes do Brics, apenas Brasil e Emirados Árabes Unidos apresentaram suas metas de redução das emissões de gases do efeito estufa.

“ESTE É UM PASSO FUNDAMENTAL PARA ASSEGURARMOS A IMPLEMENTAÇÃO DOS COMPROMISSOS QUE ASSUMIMOS ATÉ AQUI, NA CONVENÇÃO SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. O BRASIL FEZ SUA LIÇÃO DE CASA E APRESENTOU EM BAKU [CAPITAL DO AZERBAIJÃO] A META DE DIMINUIR ATÉ 2035 ENTRE 59% E 67% AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA, EM COMPARAÇÃO COM O ANO DE 2005”, ENFATIZOU.

Marina Silva lembrou ainda a necessidade de ampliar e fortalecer os mecanismos de financiamento climático para que todos os países consigam avançar na proteção da natureza, valorização dos serviços ecossistêmicos e adaptação frente à crise global.

“VAMOS PLANEJAR A MUDANÇA, EVITANDO AO MÁXIMO SEUS EFEITOS INDESEJÁVEIS, ANTES DE SERMOS MUDADOS, DE FORMA TRÁGICA E IMPLACÁVEL, POR ELA”, CONCLUIU.

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Fonte: TV Sobrinho MS

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